sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

sábado, 7 de maio de 2011

A haste duma flor...

(...)
Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela.

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste duma flor
Florbela Espanca

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Garganta, Pulo do Lobo


Pulo do Lobo


Alentejo, Amendoeira da Serra



Vieram os operários, puseram o poste de ferro na berma do passeio
e foram-se para voltar noutro dia.
O poste tinha sido há pouco pintado de verde
E quando lhe batia o sol rutilava como as escamas de dragões.
Mesmo junto do poste, no passeio, havia uma árvore que dava
Flores amarelas,
E o vento fez cair algumas flores amarelas sobre o poste verde.
As pessoas que por ali passavam diziam “que chatice de poste”
Mas o poeta sorria para as flores amarelas.
António Gedeão.