segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Garganta, Pulo do Lobo


Pulo do Lobo


Alentejo, Amendoeira da Serra



Vieram os operários, puseram o poste de ferro na berma do passeio
e foram-se para voltar noutro dia.
O poste tinha sido há pouco pintado de verde
E quando lhe batia o sol rutilava como as escamas de dragões.
Mesmo junto do poste, no passeio, havia uma árvore que dava
Flores amarelas,
E o vento fez cair algumas flores amarelas sobre o poste verde.
As pessoas que por ali passavam diziam “que chatice de poste”
Mas o poeta sorria para as flores amarelas.
António Gedeão.