Sabia que, em Carenque, Sintra, existe uma jaziga de pegadas de dinossauros. Este geomonumento está classificado desde 1997 como Monumento Natural.
Descoberta em 1986 numa pedreira desactivada situada a 1 Km a SE de Belas, contém um registo fóssil constituído por mais de uma centena de pegadas do início do Cretácico Superior numa pista com mais de 140 m de comprimento (produzidas por dois quadrúpedes herbívoros e icnitos tridáctilos, possivelmente de carnívoros bípedes).
Esta jaziga ocupava (e ocupa) a laje da antiga pedreira da Quinta de Santa Luzia, um vazadouro que ia ser cortado pelo traçado da Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL).
Encabeçada pelo paleontólogo Galopim de Carvalho, iniciou-se uma campanha pela preservação das pegadas deixadas no período Cretássico, há cerca de 95 milhões de anos.
A conservação deste local constituiu um bom exemplo de mobilização da “sociedade civil”, então designada como “a batalha de Carenque", que acabaria por levar o Governo de Cavaco Silva a gastar seis milhões de euros (1,2 milhões de contos) num túnel que evitou a destruição dos vestígios.
Nessa altura procedeu-se à moldagem de todas as pegadas em látex, que foi enrolado e levado para o museu. Depois foram cobertas com geotêxtil e cobertas de terra. Após 20 anos sobre esta descoberta, as pegadas de dinossauros de Carenque continuam tapadas, sem ter qualquer utilização pedagógica e/ou turística. Está em projecto a criação de um núcleo museológico, mas quando estará efectivamente ao uso de todos?
Apesar da sua pequena dimensão, Portugal apresenta uma geodiversidade considerável, a qual deverá ser alvo de esforços de conservação. As pegadas de Carenque constituem apenas um dos muitos exemplos da falta de interesse e até de abandono a que muitos dos nossos geomonumentos estão destinados.
Compete-nos a todos não deixarmos o nosso património ser destruído.
Descoberta em 1986 numa pedreira desactivada situada a 1 Km a SE de Belas, contém um registo fóssil constituído por mais de uma centena de pegadas do início do Cretácico Superior numa pista com mais de 140 m de comprimento (produzidas por dois quadrúpedes herbívoros e icnitos tridáctilos, possivelmente de carnívoros bípedes).
Esta jaziga ocupava (e ocupa) a laje da antiga pedreira da Quinta de Santa Luzia, um vazadouro que ia ser cortado pelo traçado da Circular Regional Exterior de Lisboa (CREL).
Encabeçada pelo paleontólogo Galopim de Carvalho, iniciou-se uma campanha pela preservação das pegadas deixadas no período Cretássico, há cerca de 95 milhões de anos.
A conservação deste local constituiu um bom exemplo de mobilização da “sociedade civil”, então designada como “a batalha de Carenque", que acabaria por levar o Governo de Cavaco Silva a gastar seis milhões de euros (1,2 milhões de contos) num túnel que evitou a destruição dos vestígios.
Nessa altura procedeu-se à moldagem de todas as pegadas em látex, que foi enrolado e levado para o museu. Depois foram cobertas com geotêxtil e cobertas de terra. Após 20 anos sobre esta descoberta, as pegadas de dinossauros de Carenque continuam tapadas, sem ter qualquer utilização pedagógica e/ou turística. Está em projecto a criação de um núcleo museológico, mas quando estará efectivamente ao uso de todos?
Apesar da sua pequena dimensão, Portugal apresenta uma geodiversidade considerável, a qual deverá ser alvo de esforços de conservação. As pegadas de Carenque constituem apenas um dos muitos exemplos da falta de interesse e até de abandono a que muitos dos nossos geomonumentos estão destinados.
Compete-nos a todos não deixarmos o nosso património ser destruído.
1 comentário:
Isto e tudo muito bonito, com certeza ,venham fazer uma visita ao local e vejam o estado em que se encontra o local , tudo cheio de lixo e pegadas nem Vê-las. é uma autentica lixeira, o que é que os autarcas andam a fazer, pergunto, é preciso tirar um curso para limpar aquilo,três ou quatro camiões e vazadores de entulho e está o problema resolvido.
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