Empresas madeireiras de portugueses trocam açúcar, sal e cerveja por direitos sobre vastas áreas de floresta do Congo, explorando actualmente o equivalente a metade do continente português, noticia a revista “Visão” na edição de 19 de Abril. A Greenpeace denuncia o que diz serem contratos imorais com as populações locais. Documentos facultados pela Greenpeace à revista revelam que quatro empresas obtiveram nos últimos cinco anos concessões para explorar a floresta, apesar de existir uma moratória do Banco Mundial.
Em troca de prémios monetários ou de bens (sabão, sal, café, entre outros), as aldeias cedem as suas florestas e os chefes assumem a responsabilidade de prevenir e impedir manifestações da população
Além de considerar imoral a realização de contratos como este, a Greenpeace acusa as quatro empresas portuguesas de trabalharem ilegalmente, uma vez que existe desde Maio de 2002 uma moratória do Banco Mundial que impede novas concessões para travar a exploração selvagem das florestas.
De referir que a floresta tropical do Congo é a segunda maior do mundo, depois da Amazónia, e tem mais de 50 áreas de exploração de madeira em zonas consideradas de conservação prioritária.
Segundo a notícia, a Greenpeace alerta também para o contributo da indústria da madeira para o efeito de estufa, estimando que a desflorestação do Congo provoque a emissão de 34,4 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2050, o equivalente ao que Portugal lançará para a atmosfera nos próximos 420 anos.
Bibliografia:
www.publico.pt
http://visao.clix.pt/
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