Neste sentido tentei identificar e reflectir um pouco sobre algumas destas relações:
- O crescimento económico tem gerado ao longo da história enormes prejuízos no ambiente;
O crescimento industrial como causa da poluição das águas e do ar.
A não contabilização dos custos da poluição nos cálculos dos custos de produção.
As consequências sobre o Ambiente de algumas formas de intervenção humana, como por exemplo: o contínuo desbravar de terras para a agricultura; a afectação de terras tradicionalmente agrícolas para usos urbanos/industriais; o esgotamento dos solos por culturas intensivas; a interferência da construção de barragens e das técnicas de impermeabilização dos solos no ciclo da água; a expansão urbanística tem gerado problemas graves ao nível do ordenamento do território assim como consequências ecológicas: efluentes, lixos, concentração de gases; etc.
- O esgotamento dos recursos conduz limite ao crescimento económico, de acordo com o modelo dominante (desde o início do século XX). São vários os processos que conduzem a este esgotamento: a procura de alimentos para uma população em constante crescimento e a consequente dizimação das espécies e esgotamento dos solos; a necessidade da gestão do crescimento demográfico tendo em atenção o nível dos recursos existentes; as consequências da degradação ambiental na viabilidade do desenvolvimento: esgotamento dos produtos primários e deterioração da capacidade de desenvolvimento dos países de origem desses produtos; os padrões de consumo dos países desenvolvidos com grandes exigências em gastos de matérias-primas não renováveis conduzem ao esgotamento desses recursos; por sua vez, emerge a procura de novos materiais para substituir os já esgotados com o consequente aumento da poluição.
Fonte: http://www.informaction.org/images/graph_popgrowth1.gif
- Hoje, é relativamente consensual a necessidade de se proceder a uma redefinição dos modelos de desenvolvimento: o desenvolvimento sustentável.
Tornou-se urgente a necessidade de repensar os modelos de desenvolvimento e progresso económico para todo o planeta e não só para certas áreas. A inter-relação entre ambiente-economia-sociedade é encarada como o factor chave para a sustentabilidade
Por sua vez, é de extrema importância encontrar formas de gestão dos «bens comuns» (Oceanos, Antártida, etc) que, sem porem em causa as soberanias nacionais, garantam a sua conservação.
As questões ecológicas devem assim constituir uma base de entendimento e de partilha entre países em vez de gerar tensão política pela disputa de certos recursos. Veja-se o exemplo do acordo para a redução ao buraco do ozono. Num curto período de tempo os esforços de vários países conduziram a um processo de inversão do problema, que se pensar vir a estar resolvido dentro de poucos anos.
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