A degradação do ambiente, o esgotamento dos recursos, a redução da biodiversidade, são alguns dos graves problemas que se põem ao mundo actual com tal intensidade que levam muita gente a interrogar-se sobre o futuro do nosso planeta.
Foi na conferência de Estocolmo em 1972 que, pela primeira vez, foi dado o grande alerta à escala planetária sobre o fim suicidário a que estava a conduzir o crescimento exponencial da economia internacional. De então para cá a opinião pública mundial, os governos e os agentes económicos têm tomado cada vez mais consciência da crise ambiental que afecta o globo terrestre. Apesar de a conferência de Estocolmo ter assumido o direito das gerações futuras a usufruírem um ambiente saudável e equilibrado, nos últimos anos tem sido veloz o agravamento do estado crítico do ambiente. A questão põe-se com particular acuidade, porquanto já não se trata apenas de combater malefícios do crescimento. Hoje, é cada vez mais nítida a consciência de que o próprio desenvolvimento pode ser posto em causa pela crescente degradação ambiental.
Considero que, desde os anos 60 do século XX, com a crise ambiental que o paradigma ambiental começou a sofrer uma alteração. De uma forma geral começou a haver uma preocupação colectiva com os problemas ambientais, e o movimento associativo começou a ganhar força.
Aproveitando a ocasião, numa primeira fase, a questão ambiental talvez tenha sido encarada pela opinião pública como uma moda.
Hoje em dia, considero que a questão ambiental assume-se como uma macrotendência no sentido que lhe é atribuído por Naisbitt (Naisbitt, J. (1988), Macrotendências, Presença). Por um lado os problemas ambientais são problemas globais, afectam todo o planeta, por outro lado, as causas para esses problemas são transversais (e comuns) à maioria dos países.
Esta “macrotendência ambiental” pode ser analisada por vários elementos:
- O crescimento económico tem gerado ao longo da história enormes prejuízos no ambiente;
- O esgotamento dos recursos conduz limite ao crescimento económico, de acordo com o modelo dominante;
- Hoje, é relativamente consensual a necessidade de se proceder a uma redefinição dos modelos de desenvolvimento: o desenvolvimento sustentável. A urgência em encontrar formas de gestão dos «bens comuns» — Oceanos, Antártida, outros espaços — que, sem porem em causa as soberanias nacionais, garantam a sua conservação. Neste contexto destaco o papel das tecnologias no desenvolvimento das sociedades.
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