segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Excessos !...

Segundo a Convenção Quadro sobre a Diversidade Biológica «Diversidade biológica» significa a variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, incluindo, inter alia, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte; compreende a diversidade dentro de cada espécie, entre as espécies e dos ecossistemas. De uma forma mais resumida, cito Margot Wallström (ex-comissária europeia para o ambiente)A biodiversidade não é um luxo, é um pré-requisito para a vida”.

Todavia, estima-se que só na Europa, o ritmo de extinção das espécies poderá ser hoje mil a 10 mil vezes superior à taxa natural. A destruição de habitats (por exemplo, na Europa perderam-se mais de 50% das zonas húmidas) a sobre-exploração de recursos e a introdução de espécies exóticas e invasoras são graves problemas que afectam a biodiversidade. Para além destes factores as alterações climáticas desempenham hoje um papel determinante, para alguns autores, podem conduzir à extinção de 1 em cada 3 espécies em termos mundiais.

Se analisarmos a situação dos ecossistemas o panorama também não é animador. A procura de serviços dos ecossistemas é tão grande que compromissos entre a produção de diferentes serviços tornaram-se a regra. Um país pode aumentar a sua produção de alimento convertendo, por exemplo, uma floresta em campos agrícolas, no entanto ao fazê-lo, diminui o fornecimento de serviços que podem ser de valor igual, ou maior, como a água potável, madeira, destinos de ecoturismo, regulação de inundações e controle de secas.

Desflorestação da Amazónia

Existem muitos indicadores que sugerem que a procura humana de serviços de ecossistema irá crescer ainda mais nas próximas décadas. Esta combinação de procuras crescentes impostas a ecossistemas degradados diminui seriamente as perspectivas de um desenvolvimento sustentável. Estamos a viver uma época de excessos!

Este excesso coloca em risco não só a perda da biodiversidade, como também destrói os ecossistemas e a sua capacidade de fornecer recursos e serviços dos quais a humanidade depende.

A alternativa é eliminar o excesso.

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