sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Recursos minerais, até quando?...

Uma possível definição de recurso natural é de algo produzido, ou existente, na natureza e que tem utilidade para a sociedade.
Os recursos naturais podem ser classificados como renováveis e não renováveis, de acordo com a sua taxa de renovação à escala humana.
Se tivermos em consideração que todos os recursos naturais resultam de ciclos naturais, no limite, todos são renováveis, mas em diferentes escalas temporais e em função da sua utilização.
Contudo, e tendo em consideração que a maioria dos recursos minerais necessitam de tempo à escala geológica, na ordem das centenas de milhões de anos, para se reciclarem e reincorporarem na geosfera, então devemos classificá-los como recursos não renováveis. Não renováveis acima de tudo devido ao seu ritmo de extracção e utilização.
Segundo Galopim de Carvalho, os recursos minerais são georrecursos económicos definidos como «concentrações naturais de matérias sólidas, líquidas ou gasosas de natureza mineral ou paleobiológica ocorrentes na superfície ou no interior, desde que se revistam de utilidade». Como tal, são alvo de exploração, quer em curso, quer em perspectiva (uma espécie de disponibilidade em termos futuros). Assim, impõe-se a questão: “Poderão, no futuro, os recursos minerais explorados serem suficientes para suprir as necessidades de crescimento das sociedades mais industrializadas?”
Se tivermos em consideração o actual modelo de desenvolvimento das sociedades assente numa exploração exaustiva dos recursos, a resposta é não.
Como resolver, então, este problema? A resposta mais óbvia é que os recursos devem ser geridos de um modo sustentável para que correspondam à sua designação e se renovem ao longo do tempo.
Mas em concreto o que deve ser feito? Também me parece claro que a mesma tecnologia e desenvolvimento que tem necessitado destes recursos, já chegou a um nível em que podemos evoluir para o uso de alternativas, o que neste caso corresponde ao uso de outros recursos que não necessitem de tanto tempo para se reciclarem, e ao mesmo tempo, é urgente garantir uma estratégia global de gestão sustentada dos recursos minerais.
O crescimento das sociedades não é incompatível com a exploração dos recursos.

4 comentários:

Edmundo Bolinhas disse...

Todos nós sabemos que os recursos minerais são finitos. Temos consciência que, quando adquirimos algum bem ou serviço, estamos a contribuir para o progressivo esgotamento de recursos não renováveis.
Qual o caminho da mudança? Não há!
Ok...sabemos que é possível uma utilização mais racional, bem como a aplicação de medidas de reutilização, reciclagem e de consumo sustentável. Contudo, enquanto escrevo estas linhas, em várias partes do globo, estão a ser implementados projectos que visam aumentar o ritmo de exploração dos recursos minerais. Os empresários têm consciência que estão a apressar o colapso das reservas naturais, os políticos que viabilizaram esses projectos também têm essa consciência, mas o crescimento económico não pode parar!
A história tem demonstrado que as grandes mudanças surgem sempre através de crises, nunca por intermédio de processos intencionais. Serão os condicionalismos do futuro, originados pelas nossas acções do passado e do presente, que nos apontarão o caminho da mudança.
Não vai ser fácil. Surgirão graves crises económicas com amplos reflexos sociais. As pessoas vão efectivamente sentir na pele as mudanças no ambiente (muitas dessas alterações já afectam actualmente milhões de pessoas em todo o mundo), mas tudo isso é reflexo da nossa incapacidade em encontrar alternativas sustentáveis ao nosso paradigma de desenvolvimento.

Anónimo disse...

DETESTO O COMENTÁRIO QUE TEM AQUI EM CIMA. É BROEIRO.

Anónimo disse...

BOM NA MINHA OPINIÃO EU ACHO QUE TODOS NÓIS CONHECEMOS OS RECURSOS MINERAIS MAIS TINHA QUE TER ALG MAIS EXPLICADO PARA NÓS ENTENDER MELHOR

Anónimo disse...

bom na minha opinião eu acho isso muito chato para nossa idade.vocês não tem algo melhor não?