Todos nós contribuímos para o fenómeno do aquecimento global: com a energia que consumimos nas nossas casas; com as nossas opções de transporte; com os resíduos que produzimos…
Mas, se todos somos responsáveis, não podemos ficar à espera que "os outros" resolvam este problema…
A investigação recente confirma a realidade das alterações climáticas, existindo indicações de que as mesmas se têm acelerado. Os 10 anos mais quentes de que há registos ocorreram após 1990. Os actuais níveis atmosféricos de metano e CO2 não têm paralelo nos últimos 650 000 anos. Observa-se uma aceleração da subida do nível do mar. Grande parte dos ecossistemas registará impactos negativos, expressos na fusão dos glaciares e no aumento da acidificação dos oceanos, com possíveis consequências dramáticas para o ambiente.
Existem menos incertezas quanto ao impacto das alterações climáticas. Os níveis críticos de temperatura passíveis de desencadear perturbações em larga escala situam-se na gama prevista para o século em curso, confirmando a necessidade, imposta pela UE, de limitar a
Prevê-se um aumento das ocorrências meteorológicas extremas, tais como grandes inundações. Os resultados preliminares obtidos para duas bacias hidrográficas proporcionam conclusões coerentes. Os danos totais estimados das inundações nos próximos 100 anos poderão aumentar 40% no caso da bacia do Danúbio Superior e 14% no caso da bacia do Mosa. Os resultados em causa indicam também que a zona com condições óptimas para o turismo balnear, actualmente situada em torno do Mediterrâneo, se transferirá para Norte, embora as condições meteorológicas na Primavera e no Outono melhorem na região mediterrânica. A importância dos impactos dependerá do nível de adaptação dos turistas a estas alterações das condições climáticas.
É vital que se apliquem agora medidas de mitigação contra as alterações climáticas a longo prazo. O aquecimento superior a 2ºC aumentará o risco de roturas ecológicas substanciais e desastres sociais para níveis elevados inaceitáveis. Estamos hoje a assistir a perdas de biodiversidade e de recursos biológicos sequestradores de carbono. São necessários cortes substanciais nas emissões dos gases com efeito de estufa.
A Terra está a mudar, mas acima de tudo, essas alterações são imprevisíveis e irreversíveis.
É tempo de acção…
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