A capacidade de recuperação das comunidades vivas, e o bem-estar da humanidade, dependem da manutenção de uma biosfera saudável em todos os seus sistemas ecológicos, uma enorme diversidade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo.
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou pôr em risco a nossa existência e a da diversidade da vida.
É assustador mas julgo que sim. Os danos infligidos à biodiversidade são mais que evidentes e estamos já perante um processo de reacção em cadeia, cujas consequências a médio e longo prazo serão incalculáveis. Mesmo agora, neste preciso momento, já estamos num cenário de progressiva degradação ambiental. Não se trata apenas de sinais - esses já foram dados no passado e foram ignorados. Não se trata "apenas" do desaparecimento de algumas espécies exóticas de países longínquos; as recentes vagas de calor dos últimos anos mataram milhares de europeus -para esses a extinção chegou mais cedo... Todos nós sabemos o que se passa, todos nós sabemos o que tem de ser feito, mas muito pouca coisa é efectivamente concretizada. Isto é um pouco como o que aconteceu na recente visita de Al Gore ao nosso país: 600 pessoas foram assistir a uma palestra sobre alterações climáticas, e depois provocaram um pequeno engarrafamento automóvel quando sairam! Soren Kierkegaard, um pensador dinamarquês do séc. XIX, disse qualquer coisa parecido com isto:"há homens que constroem grandes palácios do pensamento e depois vivem na casota do cão". Enquanto a força da evidência não nos agarrar violentamente nós vamos continuar a ignorá-la, embora digamos o contrário. Enquanto a água continuar a correr nas nossas torneiras, enquanto conseguirmos obter comida com uma simples ida às compras,enquanto conseguirmos encher o depósito do nosso automóvel, enquanto conseguirmos continuar a fazer praticamente tudo o que fazemos todos os dias, enquanto tudo isso continuar nós não iremos fazer rigorosamente nada! E quando quisermos fazer alguma coisa, provavelmente já será tarde de mais... É claro que tenho esperança: existem sinais positivos e, por vezes, consegue-se até reverter o processo de extinção (veja-se, a propósito disso, a entrada no meu blogue sobre a Pista Ho Chi Minh), mas depois lembro-me dos chineses e dos indianos - é que eles ainda só agora entraram no jogo e, afinal, também têm direito, ou não?
1 comentário:
É assustador mas julgo que sim. Os danos infligidos à biodiversidade são mais que evidentes e estamos já perante um processo de reacção em cadeia, cujas consequências a médio e longo prazo serão incalculáveis. Mesmo agora, neste preciso momento, já estamos num cenário de progressiva degradação ambiental. Não se trata apenas de sinais - esses já foram dados no passado e foram ignorados. Não se trata "apenas" do desaparecimento de algumas espécies exóticas de países longínquos; as recentes vagas de calor dos últimos anos mataram milhares de europeus -para esses a extinção chegou mais cedo...
Todos nós sabemos o que se passa, todos nós sabemos o que tem de ser feito, mas muito pouca coisa é efectivamente concretizada. Isto é um pouco como o que aconteceu na recente visita de Al Gore ao nosso país: 600 pessoas foram assistir a uma palestra sobre alterações climáticas, e depois provocaram um pequeno engarrafamento automóvel quando sairam!
Soren Kierkegaard, um pensador dinamarquês do séc. XIX, disse qualquer coisa parecido com isto:"há homens que constroem grandes palácios do pensamento e depois vivem na casota do cão".
Enquanto a força da evidência não nos agarrar violentamente nós vamos continuar a ignorá-la, embora digamos o contrário.
Enquanto a água continuar a correr nas nossas torneiras, enquanto conseguirmos obter comida com uma simples ida às compras,enquanto conseguirmos encher o depósito do nosso automóvel, enquanto conseguirmos continuar a fazer praticamente tudo o que fazemos todos os dias, enquanto tudo isso continuar nós não iremos fazer rigorosamente nada! E quando quisermos fazer alguma coisa, provavelmente já será tarde de mais...
É claro que tenho esperança: existem sinais positivos e, por vezes, consegue-se até reverter o processo de extinção (veja-se, a propósito disso, a entrada no meu blogue sobre a Pista Ho Chi Minh), mas depois lembro-me dos chineses e dos indianos - é que eles ainda só agora entraram no jogo e, afinal, também têm direito, ou não?
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